De volta e meia,
gostas de me assustar
O teu vulto aparece
no canto do meu olho
És sorrateiro
Ou sou eu?
Que, com a minha saudade tremenda
não te deixo escapar
Viro a cabeça
na direção do vulto
teu
Tão rapidamente que,
o cabelo não acompanha
e tapa-me os olhos
Sou obrigada a fecha-los
E quando olho de novo
para ti
Tu já não estás
Já não há sombras
Já não vejo formas
Não há sons
Não há a ti
Incrédula fico
Pois sei que te vi
Mas tu
teimas em não querer te mostrar
Só as tuas saudades minhas
te fazem avançar demais